Já chegou a pensar que mesmo com tantas inovações fazendo parte do setor de recrutamento e seleção, o ato de contratar pessoas com deficiência (PcDs) ainda é raro?
Desde agências de publicidade focadas 100% no digital e em inovação, até mesmo empresas mais tradicionais têm uma semelhança grande, porém triste: possuem uma porcentagem mínima de colaboradores com alguma deficiência.
Em um país onde mais de 19 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência e apenas 486 mil delas estão em algum cargo formal mostra o quanto a desigualdade e o preconceito ainda são bastante fortes no mercado de trabalho.
Além desse dado ser alarmante por causa da pequena quantidade de PcDs presentes nos serviços formais, também é um fator que torna a vida dessa fatia da população ainda mais desafiadora e fragilizada.
Engana-se quem pensa que as pessoas com qualquer tipo de deficiência são amparadas completamente ou que possuem outros meios de sustento. A verdade é que uma quantidade esmagadora dessas 19 milhões passam por alguma dificuldade.
Pensando em trazer uma visão mais completa sobre esse cenário e mostrar o quanto contratar pessoas com deficiência é fundamental para a sociedade, bem como para a inovação em sua empresa, criamos esse conteúdo. Continue por aqui.
Por que contratar PcD ainda é tratado com preconceito?
Apesar de desde 1991 existir a Lei das Cotas, onde empresas com 100 ou mais colaboradores precisam ter em seu quadro de contratados ao menos 2% de deficientes, ou seja, ao menos dois colaboradores, a realidade não é bem assim.
Existem diversos motivos por trás dessa discriminação, que envolvem desde os preconceitos dos recrutadores nas entrevistas, que impedem dos deficientes prosseguirem nos processos seletivos, até a falta de empatia e de iniciativa em incluir essas pessoas.
Outro fator muito presente é o dos empregadores não quererem tornar os seus ambientes de trabalho mais inclusivos, tanto em questões de arquitetura, como a adaptação de rampas, banheiros, ferramentas e treinamento.
Uma pessoa que possui deficiência auditiva, por exemplo, precisa se comunicar em LIBRAS, de forma que os seus colegas precisam conhecer a língua para poderem compreender o que está sendo dito e responder.
O mesmo ocorre com pessoas que precisam usar a cadeira de rodas, que não passa em locais estreitos demais ou que não exista uma rampa, por exemplo.
Existem os casos também onde os gestores não querem adaptar os seus treinamentos, no caso de pessoas com alguma deficiência intelectual, pois acreditam que estão perdendo tempo ou que aquela pessoa não terá a mesma produtividade.
Exemplos de empresas que incluem PcDs
Apesar desses motivos do aumento da desigualdade dentro das mais variadas empresas ao redor do país serem muito presentes, existem grandes organizações que servem de exemplo sobre a importância de contratar PcDs. Confira algumas:
Bradesco: o banco já recebeu prêmios e é referência quando falamos em diversidade. Além de projetos destinados a contratar PcD, também possui iniciativas para a população LGBTQIA+, negros, mulheres e demais grupos.
Hospital Albert Einstein: o hospital além de ser referência no tratamento e cuidado, também é uma grande voz da inclusão. Ele possui o programa Gente Eficiente, onde além de admitir PcDs, possui um treinamento e capacitação especializados.
Uni BH: a faculdade criou o Congresso Brasileiro de Diversidade, Equidade e Inclusão, onde além de abordar temas relacionados à inclusão, também traz ideias, inovação e insights poderosos.
Como contribuir para um mercado mais inclusivo?
Em primeiro lugar, a sua empresa deve focar na inclusão para o público em geral. Se for uma loja física, por exemplo, trabalhe com rampas e banheiros adaptados, provadores espaçosos, bem como uma equipe que saiba lidar com PcDs.
Depois, é hora de contratar pessoas com deficiência! Veja de que forma você pode incluir e tornar possível o trabalho dos colaboradores com alguma deficiência e evite qualquer tipo de discriminação ou preconceito.
Com pequenas ações no cotidiano, você poderá tornar não só a sua empresa mais inclusiva, como a sociedade também.
Por falar nisso, leia também sobre como fazer reuniões mais inclusivas.